Por Flávio de Aguiar
Eventualmente tomamos conhecimento de histórias contadas, de grandes roubadas em que alguém se meteu (às vezes nós mesmos).
O grande cuidado com relação ao nosso conhecimento sobre acidentes, na verdade, não é saber reduzir uma fratura ou carregar um colar cervical e demais medicamentos componentes de nosso estojo de primeiros socorros. É claro que o aparato socorrista deve estar sempre na mochila, mas o primeiro mandamento de qualquer um que gosta de andar em terrenos acidentados e/ou afastados é e sempre será a atitude. Se você toma atitudes de risco, então deve se preparar para arcar com as consequências.
Não quero dizer que não se deva ir de encontro ao desconhecido ou abrir mão de novas aventuras. Não é isso. Mas se você pretende entrar em qualquer terreno que seja, é bom que tenha conhecimentos mínimos de segurança e deslocamento, sob pena de se acidentar seriamente apenas porque não fazia a menor idéia do risco que estava correndo. Deve-se saber aonde está indo (e esteja certo de conseguir voltar, se necessário), e a que tipo e elemento vai se expor (sol, chuva, água, neve, etc...), para poder proteger (e, por favor, faça isso!!). Ausência de equipamento adequado é ruim, mas ter um bom equipamento e não saber utilizá-lo corretamente também.
O excursionista temerário não chega a excursionista experiente, mas é necessário conhecer os riscos a que está se expondo e, se algo acontecer, saber lidar técnica e emocionalmente com as situações.
A par dessas informações, não deixe de estudar e avaliar o assunto com o devido respeito. Mesmo que você vá fazer uma caminhada curta, leve o seu estojo de primeiros socorros e lanterna (com pilhas novas e reserva). Não quer dizer que você vai precisar usá-los, mas eles têm que estar com você. Se os imprevistos fossem esperados não teriam esse nome. Cuide-se.